segunda-feira, 7 de junho de 2010

Condrictes


Os Chondrichthyes, classe de peixes com esqueleto cartilaginoso (do grego chondros = cartilagem; ichthyos = peixes), são representados por animais marinhos pertencentes ao grupo dos vertebrados gnastostomados (boca com mandíbula): as raias, os tubarões e as quimeras, cujo crânio, vértebras e demais estruturas esqueléticas são bem desenvolvidas. Esses organismos possuem pele revestida por pequenas escamas placóides, semelhantes a um dente, com parte externa esmaltada (de origem epidérmica), e a interna denominada dentina (de origem dérmica), envolvendo um canal central chamado polpa. Essa característica hidrodinâmica relacionada à forma alongada ou discóide, confere grande mobilidade aos peixes, diminuindo a resistência e facilitando o movimento no ambiente aquático, auxiliando a funcionalidade das nadadeiras. Nos condrictes, além das nadadeiras ímpares, existem dois conjuntos de nadadeiras pares: as peitorais e as pélvicas, conferindo maior velocidade, estabilidade e agilidade no deslocamento vertical, ou seja, no movimento de subir ou descer na coluna de água. As brânquias dos peixes cartilaginosos abrem-se em fendas laterais na região anterior do corpo. Durante a evolução, os primeiros peixes desse grupo não tinham mandíbula, e a boca possuía aspecto de uma ventosa. A partir do primeiro arco esquelético branquial, surgiram a mandíbula e o arco hióide, articulando a mandíbula ao crânio, sendo os demais arcos esqueléticos servindo de sustentação para as brânquias. Dessa forma, a formação da mandíbula ocasionou maior adaptação quanto à captura de presas (predação), aumentando a variedade de alimentos disponíveis, proporcionando a esses animais ocupação em novos nichos ecológicos. CLASSIFICAÇÃO A classe dos condrictes se divide em: Holocephali (holecéfalos) → As quimeras: organismos com cerca de 1 metro de comprimento, olhos grandes, calda longa e flexível, ausência de escamas revestindo o corpo, possuem brânquias protegidas por opérculo, habitando águas oceânicas de baixa temperatura (entre 100 e 1500 metros de profundidade). Elasmobranchii (elasmobrânquios) → Os tubarões e as raias: com aproximadamente 790 espécies, os organismos deste grupo chegam a medir de 6 a 20 metros de comprimento, possuindo fendas branquiais sem proteção opercular, com proeminente região anterior da cabeça formando o rostro, alojando em posição ventral o aparelho bucal capaz de se projetar. SISTEMA NEUROSSENSORIAL Tanto o sistema nervoso quanto o sensorial, a exemplo dos tubarões, é bem desenvolvido: - A visão é nítida, porém não enxergam colorido; - As narinas não desempenham função respiratória, contudo o olfato aguçado é capaz de detectar, através de quimiorreceptores, pequenas frações de substâncias (uma gota de sangue) dissolvidas no oceano, a quilômetros de distância; - Portador de orelha interna, sensível a vibrações causadas por perturbação na água; - E presença de linha lateral longitudinal ao corpo do animal, contendo células mecanorreceptoras (os neuromastos), possibilitando orientação quanto à posição e direção. SISTEMA RESPIRATÓRIO Na respiração, a água (contendo oxigênio dissolvido) entra pela boca, passa pela faringe e banha de cinco a sete pares de brânquias (onde o O2 é absorvido) e sai pelas fendas branquiais. SISTEMA REPRODUTOR São animais de sexos separados, com fecundação interna e desenvolvimento direto. A maioria das espécies é ovípara ou ovovivípara, porém existem espécies vivíparas, formando uma rudimentar placenta derivada do saco vitelínico do embrião, ligada ao útero da fêmea. O macho apresenta nadadeira pélvica modificada em órgão copulador.

domingo, 6 de junho de 2010

Ciclóstomos




A classe Cyclostomata (cyklos, circular, e stoma, boca) inclui poucos representantes, entre eles as lampreias, encontradas em ambiente marinho e de água doce, e as feiticeiras, exclusivamente marinhas. Possuem boca circular e desprovida de mandíbula, o que explica a designação de agnatas (gnathos, mandíbula).
A lampreia tem corpo cilíndrico. As nadadeiras são pequenas, mas isso não restringe seus movimentos natatórios, executados por ondulações do corpo. A boca é semelhante a um funil, com dentes e língua. Apresenta, lateralmente no corpo, sete pares de fendas branquiais, por onde sai a água que banha as brânquias, órgãos respiratórios.
A epiderme é lisa e desprovida de escamas. A notocorda persiste nos adultos, mas o encéfalo é recoberto por uma caixa craniana; há uma rudimentar coluna vertebral, com arcos costais. Essas estruturas de sustentação têm constituição cartilaginosa, e não óssea.
Como os peixes, as lampreias possuem o sistema da linha lateral, série de pequenos orifícios dispostos em linha, na região lateral do corpo. Por eles, a água entra em contato com uma grande quantidade de células sensoriais ciliadas. Por meio desse sistema, o animal é capaz de perceber vibrações e alterações de pressão, na água.
A maioria das lampreias é ectoparasita. Fixam-se em peixes através da boca afunilada, e abrem orifícios na pele com a língua denteada. São hematófagas (alimentam-se de sangue).
As lampreias são dióicas, a fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto. Há passagem por um estágio larval chamado amocete. Essas larvas são semelhantes aos anfioxos, desprovidas de olhos e de dentes.
As feiticeiras não são ectoparasitas, mas necrófagas, pois se alimentam de animais mortos, como peixes.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Anfíbios


Estes animais apareceram pela primeira vez há 280 milhões de anos,no período devoniano. Os primeiros seres com características anfíbias eram protegidas por couraças externas.
Os anfíbios são uma classe de animais vertebrados composta por sapos, rãs, salamandras aquáticas e as cecílias. Uma das principais características destes animais é o seu ciclo de vida divido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, mas há exceções.
A pele destes animais é fina e úmida e a respiração é cutânea. Não ocorrem pelos ou escamas externas. São animais que são incapazes de manter a temperatura de seu corpo constante por mecanismos externos, por isso são chamados animais de sangue frio. O corpo destes animais está coberto por glândulas mucosas,que a lubrificam e conferem aspecto viscoso e escorregadio. Além das mucosas há glândulas venenosas chamadas serosas.
Quanto à reprodução,um dos modos mais comuns está ligada à água doce, e ocorre sexuadamente por fecundação externa (com algumas exceções) na qual a fêmea libera óvulos ainda não fecundados envoltos em uma massa gelatinosa e o macho então lança seus gâmetas sobre eles para que ocorra a fecundação. Os ovos formados ficarão em ambiente aquático lêntico como lago,lagoas e represas até o nascimento do girino,que captura seu alimento no meio ambiente.