sábado, 10 de julho de 2010

Peixes Osseos

São os peixes que possuem um esqueleto formado por ossos. Possuem uma pele com muitas glândulas produtoras de muco, com escamas de origem mesodérmica, nadadeiras, boca na posição terminal e com dentes, bolsas olfativas dorsais, olhos grandes e sem pálpebras, muitas vértebras, coração com duas câmaras, respiração branquial ou pulmonar, excreção feita por rins mesonéfricos que excretam amônia, ectotérmicos e dióicos com fecundação externa.
São bastante variáveis quanto à forma, tamanho, cores, hábitats e nicho ecológico. Predominam, quantitativamente, o grupo dos peixes, representando mais de 95% destes.
Tegumento
Os peixes ósseos possuem uma epiderme lisa, coberta por escamas. Existem glândulas produtoras de muco, que lubrifica o corpo do peixe, que serve de proteção e facilita a locomoção na água. Possui uma linha lateral ao longo de cada lado do corpo e tem função sensorial. O sistema muscular é formado por miômeros (músculos segmentados), em forma de W.
Digestão
Possuem mandíbulas e maxilares com muitos dentes, pequenos e cônicos. Não há glândulas salivares. O alimento que é mastigado vai para a faringe, esôfago, estômago e intestino. O que não foi absorvido é eliminado pelo ânus.
Circulação
A circulação é fechada. O coração possui 2 câmaras. O sangue é pálido e escasso, possuindo hemácias ovais anucleadas.
Respiração
Existem espécies que respiram por brânquias e espécies que respiram por pulmões. As brânquias são protegidas por uma estrutura chamada opérculo. Durante a respiração o opérculo se fecha, fazendo com que entre água na boca. A água passa da boca para as brânquias e nelas ocorrem as trocas gasosas. O fluxo é sempre unidirecional. A direção do fluxo sanguíneo nas brânquias é oposto ao fluxo da água, criando um mecanismo contracorrente para aumentar a oxigenação do sangue.
Os peixes possuem uma bexiga natatória, localizada na região dorsal, ligada à faringe por um ducto pneumático em alguns peixes ela é cheia de gases (O2, N2, CO2) e serve para regular o peso do peixe, auxiliando na flutuação, através da absorção e sercreção destes gases. É semelhante a um pulmão nos peixes pulmonados.
Excreção
Os rins são do tipo mesonéfricos e principal excreta nitrogenada é a amônia.
Reprodução
São animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
Essa classe é dividida em Sarcopterygii e Actinopterygii. Os primeiros possuem nadadeiras carnosas, com suporte ósseo semelhante às patas de tetrápodes. Além disso, a maioria tem pulmão primitivo e um canal de comunicação entre a cavidade nasal e a faringe (coana): são os dipnoicos. Outro grupo, o das acnístias, é representado por seres vivíparos e de fecundação interna. Os Actinoperígeos compreendem o grupo com maior número de espécies dentre os vertebrados. Possuem nadadeiras com um feixe de ossos pouco espessos, em formato de leque. A maioria de seus representantes é ovípara e suas larvas, um pouco semelhantes aos adultos, são chamadas de alevinos. Poraquê, sardinha, cascudo e cavalo-marinho e peixe-voador são alguns representantes desse grupo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Condrictes


Os Chondrichthyes, classe de peixes com esqueleto cartilaginoso (do grego chondros = cartilagem; ichthyos = peixes), são representados por animais marinhos pertencentes ao grupo dos vertebrados gnastostomados (boca com mandíbula): as raias, os tubarões e as quimeras, cujo crânio, vértebras e demais estruturas esqueléticas são bem desenvolvidas. Esses organismos possuem pele revestida por pequenas escamas placóides, semelhantes a um dente, com parte externa esmaltada (de origem epidérmica), e a interna denominada dentina (de origem dérmica), envolvendo um canal central chamado polpa. Essa característica hidrodinâmica relacionada à forma alongada ou discóide, confere grande mobilidade aos peixes, diminuindo a resistência e facilitando o movimento no ambiente aquático, auxiliando a funcionalidade das nadadeiras. Nos condrictes, além das nadadeiras ímpares, existem dois conjuntos de nadadeiras pares: as peitorais e as pélvicas, conferindo maior velocidade, estabilidade e agilidade no deslocamento vertical, ou seja, no movimento de subir ou descer na coluna de água. As brânquias dos peixes cartilaginosos abrem-se em fendas laterais na região anterior do corpo. Durante a evolução, os primeiros peixes desse grupo não tinham mandíbula, e a boca possuía aspecto de uma ventosa. A partir do primeiro arco esquelético branquial, surgiram a mandíbula e o arco hióide, articulando a mandíbula ao crânio, sendo os demais arcos esqueléticos servindo de sustentação para as brânquias. Dessa forma, a formação da mandíbula ocasionou maior adaptação quanto à captura de presas (predação), aumentando a variedade de alimentos disponíveis, proporcionando a esses animais ocupação em novos nichos ecológicos. CLASSIFICAÇÃO A classe dos condrictes se divide em: Holocephali (holecéfalos) → As quimeras: organismos com cerca de 1 metro de comprimento, olhos grandes, calda longa e flexível, ausência de escamas revestindo o corpo, possuem brânquias protegidas por opérculo, habitando águas oceânicas de baixa temperatura (entre 100 e 1500 metros de profundidade). Elasmobranchii (elasmobrânquios) → Os tubarões e as raias: com aproximadamente 790 espécies, os organismos deste grupo chegam a medir de 6 a 20 metros de comprimento, possuindo fendas branquiais sem proteção opercular, com proeminente região anterior da cabeça formando o rostro, alojando em posição ventral o aparelho bucal capaz de se projetar. SISTEMA NEUROSSENSORIAL Tanto o sistema nervoso quanto o sensorial, a exemplo dos tubarões, é bem desenvolvido: - A visão é nítida, porém não enxergam colorido; - As narinas não desempenham função respiratória, contudo o olfato aguçado é capaz de detectar, através de quimiorreceptores, pequenas frações de substâncias (uma gota de sangue) dissolvidas no oceano, a quilômetros de distância; - Portador de orelha interna, sensível a vibrações causadas por perturbação na água; - E presença de linha lateral longitudinal ao corpo do animal, contendo células mecanorreceptoras (os neuromastos), possibilitando orientação quanto à posição e direção. SISTEMA RESPIRATÓRIO Na respiração, a água (contendo oxigênio dissolvido) entra pela boca, passa pela faringe e banha de cinco a sete pares de brânquias (onde o O2 é absorvido) e sai pelas fendas branquiais. SISTEMA REPRODUTOR São animais de sexos separados, com fecundação interna e desenvolvimento direto. A maioria das espécies é ovípara ou ovovivípara, porém existem espécies vivíparas, formando uma rudimentar placenta derivada do saco vitelínico do embrião, ligada ao útero da fêmea. O macho apresenta nadadeira pélvica modificada em órgão copulador.

domingo, 6 de junho de 2010

Ciclóstomos




A classe Cyclostomata (cyklos, circular, e stoma, boca) inclui poucos representantes, entre eles as lampreias, encontradas em ambiente marinho e de água doce, e as feiticeiras, exclusivamente marinhas. Possuem boca circular e desprovida de mandíbula, o que explica a designação de agnatas (gnathos, mandíbula).
A lampreia tem corpo cilíndrico. As nadadeiras são pequenas, mas isso não restringe seus movimentos natatórios, executados por ondulações do corpo. A boca é semelhante a um funil, com dentes e língua. Apresenta, lateralmente no corpo, sete pares de fendas branquiais, por onde sai a água que banha as brânquias, órgãos respiratórios.
A epiderme é lisa e desprovida de escamas. A notocorda persiste nos adultos, mas o encéfalo é recoberto por uma caixa craniana; há uma rudimentar coluna vertebral, com arcos costais. Essas estruturas de sustentação têm constituição cartilaginosa, e não óssea.
Como os peixes, as lampreias possuem o sistema da linha lateral, série de pequenos orifícios dispostos em linha, na região lateral do corpo. Por eles, a água entra em contato com uma grande quantidade de células sensoriais ciliadas. Por meio desse sistema, o animal é capaz de perceber vibrações e alterações de pressão, na água.
A maioria das lampreias é ectoparasita. Fixam-se em peixes através da boca afunilada, e abrem orifícios na pele com a língua denteada. São hematófagas (alimentam-se de sangue).
As lampreias são dióicas, a fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto. Há passagem por um estágio larval chamado amocete. Essas larvas são semelhantes aos anfioxos, desprovidas de olhos e de dentes.
As feiticeiras não são ectoparasitas, mas necrófagas, pois se alimentam de animais mortos, como peixes.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Anfíbios


Estes animais apareceram pela primeira vez há 280 milhões de anos,no período devoniano. Os primeiros seres com características anfíbias eram protegidas por couraças externas.
Os anfíbios são uma classe de animais vertebrados composta por sapos, rãs, salamandras aquáticas e as cecílias. Uma das principais características destes animais é o seu ciclo de vida divido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, mas há exceções.
A pele destes animais é fina e úmida e a respiração é cutânea. Não ocorrem pelos ou escamas externas. São animais que são incapazes de manter a temperatura de seu corpo constante por mecanismos externos, por isso são chamados animais de sangue frio. O corpo destes animais está coberto por glândulas mucosas,que a lubrificam e conferem aspecto viscoso e escorregadio. Além das mucosas há glândulas venenosas chamadas serosas.
Quanto à reprodução,um dos modos mais comuns está ligada à água doce, e ocorre sexuadamente por fecundação externa (com algumas exceções) na qual a fêmea libera óvulos ainda não fecundados envoltos em uma massa gelatinosa e o macho então lança seus gâmetas sobre eles para que ocorra a fecundação. Os ovos formados ficarão em ambiente aquático lêntico como lago,lagoas e represas até o nascimento do girino,que captura seu alimento no meio ambiente.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Cefalocordado



O cefalocordado mais conhecido é o anfioxo (do grego amphi = ambos e oxy = pontiagudo), pois as duas extremidades do seu corpo são pontiagudas, não possuindo uma cabeça distinta e possuem normalmente de 5 a 10 cm de comprimento.
Vivem enterrados em posição diagonal no fundo do mar, nadam um pouco para se alimentar mas voltam para se esconder. Possuem na formação do esqueleto, como estrutura para sustentaçãoe apoio muscular, a notocorda.
Tem duas barbatanas baixas que são sustentadas por raios conservando suas características até a fase adulta. Também possuem tubo digestório completo com boca e ânus.
São considerados importantes pois formam um elo entre os invertebrados e os vertebrados do filo chordata.

Urocordados


São animais marinhos e possuem poucas semelhanças com os outros cordados. Não possuem vértebras e são animais que se alimentam por filtração, através de uma faringe perfurada. Existem cerca de duas mil espécies descritas, sendo a maioria representantes sésseis na forma adulta. Podem ser solitários ou coloniais. O corpo destes animais encontra-se coberto por uma túnica exoesquelética composta por uma proteína chamada tunicina e se alimentam de plâncton, filtrado pelas fendas branquiais.
Para a liberação de substâncias, água e gametas, o urocordado utiliza seu sifão anal (exalante); o sifão oral (ou inalante) permite a entrada de água. Possuem gânglios cerebrais e coração ventral. A reprodução pode ser assexuada, por brotamento, ou com fecundação externa, com larva livre-natante. Exemplo: ascídias, presentes em mares e costões rochosos.

O Filo dos Cordados


O Filo dos Cordados, do latim Chordata, constituem um filo dentro do reino Animalia que inclui os vertebrados, os anfioxos e os urocordados. Este filo compreende um grande grupo de animais que, em alguma fase da vida, compartilham características morfológicas (como a notocorda, um tubo nervoso dorsal, fendas branquiais) que indicam a existência de um ancestral comum.
São triblásticos (possuem os três folhetos germinativos), deuterostômios (o blastóporo dá origem ao ânus) e celomados. Este grupo abriga cerca de 40 mil espécies que ocupam os mais variados habitats. Este filo é dividido em três Subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. Os dois primeiros são denominados protocordados por não possuírem crânio e tampouco vértebras.